Escrevo
Nas páginas da insônia,
Escrevo a vida falada,
Escrevo a poesia vivida,
Seu riso e seu pranto.
Nos muros da vida,
Escrevo o que já foi escrito,
Escrevo a fome e a sede,
Escrevo toda injustiça do mundo,
E o protesto do povo.
Nos delírios da alma,
Escrevo a imaginação da arte,
Escrevo o olhar triste da moça,
Escrevo a dança ao vento,
E a beleza da triste poesia.
Nas vagas lembranças da memória,
Escrevo o perfume da flor dum rio,
Escrevo o ruído das grandes cidades,
E o quase silêncio das madrugadas.
Fernanda Freitas
16/03/2009