Existência Poética

És de ninguém,

És de todos.

Anseia a liberdade

E o deleite.

Um inconstante ser,

Que desperta e provoca

A malícia já presente.

Essência livre,

Porém escondida, aprisionada,

E de alma transparente.

Um expressante ser,

Que declara e reclama

A injustiça estampada.

És um só,

És vários.

Lembrança do que era,

Para descoberta do que se torna.

Existência poética,

Insegura e carente

Pela busca incessante do ser,

Quem és, quem sou.

Amante da beleza

Da verdade e do outro

És a voz

És a força

Do povo oprimido e sofrido

Pelos quatro cantos do mundo.

Ser de diversos caminhos,

Mas com apenas um destino a encontrar.

Fernanda Freitas

04/02/2009