Condenação
Não adianta ornar com rosas
Com tulipas e querubins
Nem cravos de pétalas rugosas
E menos azaléias vistosas
A árvore que já se condena.
Seus galhos retorcidos assim permanecerão
Recurvada sobre a própria sombra
Com a copa estarrecida e faminta
De folhas secas acinzentadas.
Não há o que lhe tire da situação
Uma vez que a raiz caiu no solo
E já atinge as profundezas do inferno
Aquecendo-se vacilante
Neste eterno inverno.