Condenação

Não adianta ornar com rosas

Com tulipas e querubins

Nem cravos de pétalas rugosas

E menos azaléias vistosas

A árvore que já se condena.

Seus galhos retorcidos assim permanecerão

Recurvada sobre a própria sombra

Com a copa estarrecida e faminta

De folhas secas acinzentadas.

Não há o que lhe tire da situação

Uma vez que a raiz caiu no solo

E já atinge as profundezas do inferno

Aquecendo-se vacilante

Neste eterno inverno.

Isabelle La Fleur
Enviado por Isabelle La Fleur em 01/08/2009
Código do texto: T1730746
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