ENTARDECER
Peregrino sem paradas nem destino,
Inicia sua jornada após justo descanso,
E como criança que acorda assustada,
Vai aos poucos jorrando luzes em abundância,
Sól que nasce para despertar vitalidades,
Muitas das quais estavam quase exauridas.
Vai subindo em plenitude sua majestade,
Por caminhos que não espera encontrar,
Nuvens que ofuscam seu brilho forte,
Tempestades de fúrias incontroláveis,
Cruzando infinitos mares bem revoltos,
E ondas assustadoras que destroem tudo em volta.
Não concorda com terras estéreis e sem vida,
Desertos onde as plantas deixaram de existir,
Pois o homem imprudente e ambicioso,
Agrediu a natureza derrubando suas matas,
E as chuvas precursoras das bondades,
Passam ao largo transformando as paisagens.
No entanto quando caem copiosas e abundantes,
E as plantas despertam de suas sonolências,
O sól derrama suas luzes de fertilidades,
E cenários antes tristes e sem brilhos,
Modificam suas cores em verdes glamorosos,
Num sinal que vidas novas ressurgiram.
Vem chegando no final de seu roteiro,
Despencando calmo lá bem longe no infinito,
Tateando os espaços para achar seu regaço,
Onde quer descansar de jornada extafante,
Mas antes de tombar no seu leito atrás dos montes,
Pincela as nuvens com cores lindas que extasiam.
Entardecer sereno para acalmar as ansiedades,
Busca de refúgios para o descanso das jornadas,
Cúmplice dos enamorados que olham o horizonte,
E ficam deslumbrados com cenários extasiantes,
Que o astro-rei no encerrar da caminhada,
Quiz deixar para atestar toda sua majestade.
31-07-2009