Vozes dos cheiros
O vôo alçado sem asas
o paraíso extraviado
Tudo se abre num abraço
quando olhos se beijam
e bocas sedentas salivam
De tão cúmplices
matariam o escuro para permanecermos dia
Salvariam nuvens para sermos descanso etéreo
Perfume algum
senão as vozes dos nossos cheiros
redimem Deus pela criação do homem bélico
Pacíficos
revolucionemos armamentos e guerras
a que busquem fornos e tratados de paz
para o próprio aniquilamento
II
Nossos cheiros se misturam
e nos incendeiam