OLHAR DE DENTRO
Ao amigo Elizaldo Veríssimo
Vivi muito tempo nas caatingas
Embrenhado mesmo no Sertão
À moda de bicho
Pequei um jeito de olhar, de andar
Modo de bicho
Livre, solto na igualdade das coisas
Dos “passarins”, das onças...
Natural dos bichos
Hoje, na cidade
Junto aos meus semelhantes
Dissemelhantes os homens
Sou bicho desconfiado, sestroso
Apoucado na desigualdade de tudo
Natural dos homens
O desigual e combinado do Ser.