“Palavras íntimas”
Quisera outra vez poder dizer-te
Aquelas palavras íntimas
Que no vão das madrugadas
Falava-te ao pé do ouvido
E tu plena de luxuria ao ouvi-las
Abria-se feito botão em flor
E deixava-se ser polinizada
Por todos os sentidos
E sob um inquietante prazer
Chegávamos ao gozo merecido
Uma forte emoção nos dominava
E logo dava vez à exaustão
Nossos corpos nus e exauridos
Desfraldados quais folhas ao vento
Pareciam morrer naquele momento
Velados por uma sóbria paixão