Até quando
Ah, quanta cegueira!
Quantas palavras jogadas ao vento!
Quantas pérolas jogadas aos porcos!
Ah, este gosto amargo em tua boca,
Este fel indizível esparramado em teu ser,
Este desígnio infeliz em teu destino!
Ah, mais uma ilusão seguida de desilusão...
Mais uma utopia estilhaçada em milhões de fragmentos,
Mais uma vez teus sonhos pisados pelo chão!
Ah, quanta desdita em tua vida mulher!
Buscas o oásis e te afogas nas areias escaldantes de um deserto!
Persegues o final do arco-íris e te perdes na tempestade!
Ah, mulher errante, de paixões intensas... e crente!
Por que te entregas assim...tão intensamente?
Por que ages seguindo tão somente teu coração?
Ah, este ser que te habita por dentro...
Que grita, lateja e pulsa...
Que não pode separar-te de ti, é ele a causa do teu sofrimento!
Ah, mulher que em tudo e em todos vê a verdade...
Que de todos espera a sinceridade...
E que a todos oferece tua lealdade!
Até quando mulher.... vais viver deste jeito