ADENTRAR-TE

Tua ausência me desespera

Já não fico na janela

Pois a paisagem acelera meu coração.

Na monotonia, do meu olho que vê

Me perco em lucubrações sem sentido

Não observo o horizonte azul do teu vestido.

Ouço tuas sedas retumbarem na carne

Mentira. Apenas escuto os fluir do tesão

Batendo, batendo em ritmada pulsação.

Espera tua:

Segundos, dias, anos, milênios atirados ao vento

Esperar pra quê? Só me falta adentrar mar adentro.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 16/05/2005
Código do texto: T17263