Irreversivel

Depois disso só queria uma bebida... Para relaxar enquanto o tempo fugia por entre os dedos.

Talvez quisesse esquecer aquele sentimento

Ou talvez eu quisesse me lembrar da dor

Ah! Doce dor que por muitas vezes me fizestes amor

Amor que agora odeio com todas as forças de minha alma

Estava escuro de mais e eu não podia ficar

Ouvindo o pulso do meu coração melancólico

A tempestade varia as ruas lá fora

Enquanto eu me embriagava aqui dentro

A cada golada eu sentia a sua voz que dentro de mim insistia

A falar coisa que eu não queria ouvir e não podia suportar

E o silêncio mortal de minha boca me castigava

Com um olhar tentei contar segredos que não podia guardar e não conseguia contar

Engasgava-me só de pensar

Que tudo podia acabar assim sem sentido

Será que você não vê o que se passa?

Os muros e as grades gritarão nos meus ouvidos

Como uma selva de pedras, como um leão faminto

Ou chuva de granizo em telhado de vidro

Que quebra que mata que morre

Mas sempre sobrevive pra mais um dia de dor

Jamais me canso de lembra um amor

Amor que me maltrata e destrói

Amor que ainda insisto em sentir

Minha alma que com isso se divide

Entre o bem e o mal

Entre o começo e o fim

Mas como tudo na vida tem dois lados

Eu tenho três

Um bom, um mal e este que ama você

Talvez esse seja o meu erro

Não vou tentar entender isso

Talvez isso tudo não passa de um devaneio

Mas não importa é a vida real

Tudo não passa de pura ironia

Ou de palavras jogadas aos quatro ventos

O destino nos pregou uma peça

Então liberto minha vida ao soprar do minuano

Meio que a deus dará, assim tentarei viver

Essa vida que me coroe impiedosamente

E a morte agora seria um presente não um castigo.

By: Danny Borges & Norton Lima.

Lord Norton Turambar
Enviado por Lord Norton Turambar em 28/07/2009
Código do texto: T1723406