as cores do arco-íris

nu meio do sufoco

pipoco pá tudo qué lado

é o bicho, é fogo cruzado

‘lemão tombano na viela

samango subino a colina

i logo eles chega lá em cima

tem muito e ainda vem mais

num sei porque olho pra trás

num sei porque avisto o céu

num lance vejo o arco-íris

i é muita da sacanagem

não poder ver o arco-íris

com suas cores calmantes

i aí do outro lado do beco

vejo o olhar assustado

do meu Zétom se escondeno

dos tiros de balas dum-dum

com o rabinho entre as perna

meu cachorrinho é nenhum

mal, eu que sou o pavio

qui incendeio a vida

cum medo de bala perdida

cum medo de chuva e do frio,

medo qui dá arrepio

é nada tê pra enfrentar...

Rio, 23/07/2009

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 28/07/2009
Código do texto: T1723081
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