Remendos!
O que importa é a lei dos comodistas
Levantar os olhos para nem ver
Botões que se apertam, faltas em acessos,
Vista grossa para pequenos defeitos
Detritos espalhados pelos cantos da sala
Livros que a poeira mais que revisa
Apetrechos & trecos estranhos, bocas,
Ruídos na sintonia do rádio, furos nas peças,
Piracema para enxertos & outras lipos,
Peito caindo fora da blusa surrada
Agonia que emudece o tempo passado
Pêlos eriçados por causa de um toque
Se o coração acelera, goze de novo,
Vento na popa muda o quadrante, oras...
Balança o peito outra vez com gosto
Tire a preguiça desses olhos sonsos
Fale mais baixo, mesmo gozando de novo,
Para cada limite, existe um tempo de espera,
Tão perto pode ser uma grande distância
Acertos passam, os erros marcam mais!
Peixão89