GRITO DE REVOLTA

GRITO DE REVOLTA

Eu sou pomba que esvoaça,

Por entre temporais de vida,

As negras nuvens trespassa,

E quase desfalecida,

Sou mensageira que passa,

No mundo despercebida,

Pois não deixam que mais faça,

Por tanta vida perdida,

Quero pôr fim à desgraça,

Para que seja vencida,

Esta tão grande ameaça,

Que traz a gente oprimida,

Mas,digam se há quem faça,

Que ela seja desvanecida,

Eu sou pomba que esvoaça,

Já com uma asa partida,

E sobre mim a ameaça,

De ser p´ra sempre perdida,

Querem pôr-me uma mordaça,

Querem-me presa e vencida,

Querem p´ra minha desgraça,

Pisar-me..tirar-me a vida,

Mas a vontade ultrapassa,

Toda a força já perdida,

Que mesmo sobre ameaça,

Não me darei por vencida,

Pois sei que não há quem faça,

Bem...sem ser retribuída,

Entre nuvens de desgraça,

E quase desfalecida,

Eu sou pomba que esvoaça,

Até ao final da vida...

Arlete Anjos

Zaruquita
Enviado por Zaruquita em 27/07/2009
Código do texto: T1721251