POEMINHA POSSESSIVO

De dia,

talvez eu veja o mundo.

E, às vezes, o encurto, por preguiça.

Mas curto.

De noite rumino, explico, complico.

Clico ao virtual amigo,

e quando ansiedades

monitoram o ausente,

orkuto,

Durante horas e horas,

na solidão dos condenados a pensar,

todos os surtos.

O poema é sempre o traço:

a garatuja do abraço.

– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2004/2009.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/172075