Uma vez amei, julguei que me amariam,
Mas não fui amado.
Não fui amado pela única grande razão -
Porque não tinha que ser.
Consolei-me voltando ao sol e à chuva,
E sentando-me outra vez à porta de casa.
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados
Como para os que o não são.
Sentir é estar distraído.
Alberto Caeiro
quero mais é continuar falando de amor, atraindo
pra mim e para os que aqui chegam esses efluvios
que são na verdade o amor declamado pelos poe-
tas inúmeros desse mundão de Deus.
Não quero versos tristes daqueles que fazem a
alegria correr e não querer voltar.
Então procuro esses iluminados que muitas vezes
quem sabe, chorando delamam para nos fazer feliz.
Caeiro, nessa poesia meio triste levanta a bandeira
da esperança para todos que estão sem um amor.
Pelo menos meu coração interpretou assim esses
lindos versos.
Bendito tu sejas Caeiro, parabens