O poeta cava espaço
e procura sua musa
entre delírios e arbustos.
Ela recusa.
Sua busca mergulha
numa
esquina
de tratados.
Ela se escusa.
O poeta alfineta argila,
descortina valas
e surdinamente ela sai
da sala.
O poeta se assanha
e viaja pelos átomos
se acanha e derrama
poesia pela mesa
e ela se esconde
numa nuvem de incerteza!
Poeta, se tua musa
não está na procura
não estaria em algum silêncio
que te embrulha?