Agora me diz, algoz destino...
Algoz destino...
Que mas uma vez me confronta
Como se não bastasse à dor de outrora
Agora ressurge retumbante...
Faz-me rever o passado
Que tanto tentei esquecer
Pedaços de vida perdidos
Neste sempre sofrer.
Agora voltas assim
Trazendo ele a mim
Porque ó ingrato destino
Coloca-me nesta aflição sem fim?
Meu coração acalmado estava
Já começava a reinar a paz
Agora um turbilhão de sentimentos revive
A esperar de há tal hora chegar.
O coração palpita feroz...
Pois tão bem trabalhaste a favor
Bem que poderia ter esquecido meu desejo
E deixando-me viver sem essa dor.
O coração sai pela boca
Ante tal encontro acontecer
E ouço já o som
Das batidas a suceder.
Agora me diz ó destino
Qual é a minha sorte
Neste encontro com o amor
Não é ela a minha derrota?
Por muito esse encontro ansiei
Noites e dias esperei
Muitas luas se foram
Muitas lágrimas derramei.
O momento se aproxima
E eu não sei qual será a reação
Se irei conter-me e calar
Ou se irei explodir e confessar
Dizendo quem sou eu.
Fitar a face com que tanto sonhei
Mergulhar nos olhos descobrindo os segredos
Estar tão próximo sem poder tocá-lo
Será suplício que me levará a morte.
Agora me diz algoz destino...
Como chegar diante “dele” e dizer:
“Sou eu, a Flor que amou”...
Sou aquela que nunca viste os olhos...
Sou a que nunca tocou com a mão...
Porém sou aquela que tantas vezes olhou
Com os olhos do coração.
Sou aquela que nunca teve entre os braços...
E, no entanto tantas vezes abraçou!”
Algoz destino...
Triste será o nosso encontro
Pois terei que ser outra pessoa
Nunca poderei dizer:
“Amo-te, e sempre te amarei”!
Algoz destino...
Ele saberá quem sou?
Rosa D Saron
Goiânia,24/07/2009
Brasil