SEM CLEMÊNCIA
SEM CLEMÊNCIA
Na boca da noite escapole o amor,
Fazendo um pacote sem amarro...
Dir-se-ia o poeta é meu escarro,
Digo-lhe faço de mim a sua dor...
A estocada é tão grande e profunda,
Diante bem solitário me calo.
Ele em mim tudo inunda,
Perco a visão, o tato, não falo.
Faz tempo embreou-me a tristeza,
Altiva gritou a sua independência,
Perante todos à volta da mesa.
Foi o máximo de sua inteligência,
Anacrônica grita da malvadeza,
Distanciamento fugidio da clemência...
Goiânia, 24 de julho de 2009.