Reboliço

REBOLIÇO

Cantos, prantos e sumiços.

É o amor.

Quem saberá dos encontros no mar

Quando as espumas das ondas vêm a areia beijar?

Quem saberá se virou peixe ou estrela-do-mar?

Acomodei-me como as marés

Sem alternativa, diante das luas da vida.

E o destino a me roubar

Sem par.

Esculpindo de montanha a solidão

Não consegue partir os grilhões

Abrir a boca dos vulcões e despejar

Salva!

Mas, não; o amor é engenhoso;

Mata aos poucos, machucando.

Por Deus, amor...

Deixa que eu acredite:

A culpa foi da minha voz...

Fraca, rouca -.

A ponto de te calar.

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 15/05/2005
Código do texto: T17171
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