Reboliço
REBOLIÇO
Cantos, prantos e sumiços.
É o amor.
Quem saberá dos encontros no mar
Quando as espumas das ondas vêm a areia beijar?
Quem saberá se virou peixe ou estrela-do-mar?
Acomodei-me como as marés
Sem alternativa, diante das luas da vida.
E o destino a me roubar
Sem par.
Esculpindo de montanha a solidão
Não consegue partir os grilhões
Abrir a boca dos vulcões e despejar
Salva!
Mas, não; o amor é engenhoso;
Mata aos poucos, machucando.
Por Deus, amor...
Deixa que eu acredite:
A culpa foi da minha voz...
Fraca, rouca -.
A ponto de te calar.