Mea culpa

Ó Senhor, a mim mesmo não governo,

Vivo em suplício eterno,

A me torturar.

Conceda-me, ó Pai, um poder maior,

Para que possa conduzir melhor,

O meu caminhar.

Desejos em mim são ventos,

E por pior que sejam os intentos,

Quero todos praticar.

Me proclamo monstro abissal,

Mas não quero o mal,

Ele que está a me esperar.

Por séculos, ó Deus, continuaria meu lamentar,

Mas se clamo a Ti, sei que podes me resgatar,

Da profunda fossa a qual retorno ao pecar.

Rafael Otávio Modolo
Enviado por Rafael Otávio Modolo em 24/07/2009
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