(a Machado)
Gosto de todos
Dos que vivem solitários
E dos que morrem de mãos dadas
Dos que estão nas cozinhas
E dos que estão nas salas
Ouço quase como num transe
Canções de um bardo solitário
Que chora em notas musicais
Tristezas de um mundo sem rima
A lamparina nas mãos do homem
No alto das colinas que circundam a vila
Por entre plantas e animais
Iluminando e escurecendo
Caminhos que não percorre mais
Envolto pelo manto
Escondido por entre segredos
Na solidão ou na multidão
Na montanha mais alta
No vale mais profundo
Será só ele personagem deste mundo?