O Vampiro
Uma visão tão assombrosa
Domina todo meu Ser.
Mutilo-me, sem espírito
Sou muito menos que nada.
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Não me lembro muito bem
Daquela noite fatídica,
Nem daquele que matou
Tudo de humano que eu tinha,
Tornando-me um vivo-morto
A perambular na noite
A procura de uma vitima
Pra conter minha vontade
Tão cruel e impura por sangue.
Há muitos séculos vivo
Nesta vida já sem vida
De duelo co’ este mundo.
Tudo começa nas trevas.
Era noite, brusca e fria,
Tal como minha alma está.
Alguém de longe me via
Andar pelas ruas desertas
E quieto se aproximava.
De súbito senti um baque,
Alguém me agarrara forte.
Fiquei imobilizado,
Tinha sobre-humana força
Que eu não conseguia mexer-me.
Não tinha como fugir,
A morte já me esperava.
Eu sentia-me muito fraco,
Não conseguia respirar.
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Quando eu estava a morrer,
Ele me deu de seu sangue
E deixou-me ali deitado,
Desamparado e sozinho.
Uma sede me atacou,
Precisava beber sangue,
Conter sede insaciável.
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Pobre vítima passou
Naquele instante ali perto.
Não me importei com mais nada,
Tal como um caçador, fui
Pra cima de minha presa.
Eu dilacerei-lhe a carne
Com as afiadas presas,
Sanando a minha maléfica
Sede infindável por sangue.
Tirei-lhe a vida, diabólico
E monstruoso virei.
Alma atormentada e vil,
Corpo sem traço de vida,
Alma morta para o mundo.
Somente um caminho resta
Para um vilão muito impuro.
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O sol está pra nascer,
P’la última vez o verei.
Que intenso e mágico brilho.
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