O Vampiro

Uma visão tão assombrosa

Domina todo meu Ser.

Mutilo-me, sem espírito

Sou muito menos que nada.

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Não me lembro muito bem

Daquela noite fatídica,

Nem daquele que matou

Tudo de humano que eu tinha,

Tornando-me um vivo-morto

A perambular na noite

A procura de uma vitima

Pra conter minha vontade

Tão cruel e impura por sangue.

Há muitos séculos vivo

Nesta vida já sem vida

De duelo co’ este mundo.

Tudo começa nas trevas.

Era noite, brusca e fria,

Tal como minha alma está.

Alguém de longe me via

Andar pelas ruas desertas

E quieto se aproximava.

De súbito senti um baque,

Alguém me agarrara forte.

Fiquei imobilizado,

Tinha sobre-humana força

Que eu não conseguia mexer-me.

Não tinha como fugir,

A morte já me esperava.

Eu sentia-me muito fraco,

Não conseguia respirar.

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Quando eu estava a morrer,

Ele me deu de seu sangue

E deixou-me ali deitado,

Desamparado e sozinho.

Uma sede me atacou,

Precisava beber sangue,

Conter sede insaciável.

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Pobre vítima passou

Naquele instante ali perto.

Não me importei com mais nada,

Tal como um caçador, fui

Pra cima de minha presa.

Eu dilacerei-lhe a carne

Com as afiadas presas,

Sanando a minha maléfica

Sede infindável por sangue.

Tirei-lhe a vida, diabólico

E monstruoso virei.

Alma atormentada e vil,

Corpo sem traço de vida,

Alma morta para o mundo.

Somente um caminho resta

Para um vilão muito impuro.

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O sol está pra nascer,

P’la última vez o verei.

Que intenso e mágico brilho.

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Daniel Tomaz Wachowicz
Enviado por Daniel Tomaz Wachowicz em 23/07/2009
Código do texto: T1715780
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