ESCANÇÃO
®Lílian Maial
Já se vai esquecido o dia que amanheceu a dor.
Cedo ou tarde, chuva ou sol, pouco importa.
Há um soneto e meio aguardando outra noite,
e mais um estrambote adiante do rio.
Lá se vai distante a cantiga de ninar,
perdida entre os escombros de tarefas sutis.
Notas soltas de lembranças tantas,
feito risos de uma tarde de um verão qualquer.
Um tolo poeta ainda se atreve a rabiscar palavras
e paga o preço de viver a letra.
Certo ou errado, quem há de entoar seus versos?
Se o instante infringe a idéia e deixa de ser tempo,
nada mais há que ser feito ou dito:
todo o esforço se esvai no olhar sem horizonte.
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®Lílian Maial
Já se vai esquecido o dia que amanheceu a dor.
Cedo ou tarde, chuva ou sol, pouco importa.
Há um soneto e meio aguardando outra noite,
e mais um estrambote adiante do rio.
Lá se vai distante a cantiga de ninar,
perdida entre os escombros de tarefas sutis.
Notas soltas de lembranças tantas,
feito risos de uma tarde de um verão qualquer.
Um tolo poeta ainda se atreve a rabiscar palavras
e paga o preço de viver a letra.
Certo ou errado, quem há de entoar seus versos?
Se o instante infringe a idéia e deixa de ser tempo,
nada mais há que ser feito ou dito:
todo o esforço se esvai no olhar sem horizonte.
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