Bastidores – II
Algumas palavras doem mais que outras
Nós somos tão culpados, quanto vítimas,
Desviando o olhar ao sabor dos interesses
Ou baixando sem deixar nem uma prece
Inventamos preconceitos & dissabores
Matamos a galinha mesmo sem tesouro
O “eu” como predominante & ativo
Roubamos a cena, o texto, a palavra,
Incutimos diferenças para sermos iguais
Procrastinamos toda a lógica imediata
Valorizamos o bem alheio, invejamos,
Descobrindo a nulidade sem poder levar
Baratas sintéticas comendo embriões
Salgando a terra com novos horrores
Queimando o ar com pequenos confortos
Água gasta sem nada para colher
Pedra para roçar e vira outro pó
Pífia navegação em mar seco, traço,
Segredos que viram mentiras & livros...
Alguém precisa acordar o síndico...
Peixão89