Bastidores – II

Algumas palavras doem mais que outras

Nós somos tão culpados, quanto vítimas,

Desviando o olhar ao sabor dos interesses

Ou baixando sem deixar nem uma prece

Inventamos preconceitos & dissabores

Matamos a galinha mesmo sem tesouro

O “eu” como predominante & ativo

Roubamos a cena, o texto, a palavra,

Incutimos diferenças para sermos iguais

Procrastinamos toda a lógica imediata

Valorizamos o bem alheio, invejamos,

Descobrindo a nulidade sem poder levar

Baratas sintéticas comendo embriões

Salgando a terra com novos horrores

Queimando o ar com pequenos confortos

Água gasta sem nada para colher

Pedra para roçar e vira outro pó

Pífia navegação em mar seco, traço,

Segredos que viram mentiras & livros...

Alguém precisa acordar o síndico...

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 08/06/2006
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