Greatest Hits VI

Tomado da água que passarinho não bebe,

Sofrendo as dores de um cotovelo castigado,

E vendo a vida de outra perspectiva (a da calçada),

É que resolvi escrever este poema.

Só que prosa de bêbado não tem dono.

E o assunto começou sem pé,

E terminou sem cabeça.

Dor de amor é assim:

Bebe-se para se esquecer,

Lembra-se mais do que o necessário,

E acorda-se coma boca com gosto de asfalto.

Por isso, beber e escrever, nunca mais.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 08/06/2006
Código do texto: T171552