Greatest Hits VI
Tomado da água que passarinho não bebe,
Sofrendo as dores de um cotovelo castigado,
E vendo a vida de outra perspectiva (a da calçada),
É que resolvi escrever este poema.
Só que prosa de bêbado não tem dono.
E o assunto começou sem pé,
E terminou sem cabeça.
Dor de amor é assim:
Bebe-se para se esquecer,
Lembra-se mais do que o necessário,
E acorda-se coma boca com gosto de asfalto.
Por isso, beber e escrever, nunca mais.