Sem sombras, sem luz.
Meu corpo que ficou imune às minucias de nós.
Vivi pela última vez, só para te ver sorrir.
Talvez promessas quebradas sejam apenas novas noticias,
não há perfeição que possa sobreviver ao último sopro de liberdade.
Nem vaidade que sobreviva à beleza de corpos nus.
Vivi pela última vez. A porta bateu para a eternidade.
Imperfeição de viver um momento sem luz, imperfeição de amar de “canto” calado.
Meu corpo imune, meus passos curtos, meu relógio uma janela falsa com a intenção de prender o tempo em ponteiros tão pequenos.
Pode ser... pode ser.
Rir de novo, teu sorriso grande, rir de novo, só sorrir.
Passa o tempo, dias acabam, mas há sempre...
luzes, lembranças, teu corpo, teus beijos, tua luta, nossos dias, e luzes novas...
pode ser.