LAMURIANDO

O bom homem embebedou.

Até o relógio da sala parou.

A mãe velha de tristeza chorou.

A pobre mulher de raiva xingou.

O dia obeso e preguiçoso passou.

A noite roncando e chuvosa chegou.

E o homem na certa não sonhou

porque ele é bom e embebedou.

A madrugada depressa raiou.

O sol de verão nem o cumprimentou

Mostrando a todos de quem já morou

Que o bom homem embebedou.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 22/07/2009
Código do texto: T1713904