ALGOZ
Na madrugada
Na mesa de um bar
Os meus demônios me cercam.
Eu, como um rato,
procuro em cada canto de mim
por teus restos.
Ser nefasto!
Usurpei o teu mel.
Dilacerei a literatura formal
que a mim foi proferida.
Usurpador de sonhos eu sei que sou.
Como um escritor endiabrado
Vítima do meu maldito algoz
Na embriaguez dos meus pecados
Fico a observar
E novamente tento
A tua poesia inacabada
Terminar.