ALGOZ

Na madrugada

Na mesa de um bar

Os meus demônios me cercam.

Eu, como um rato,

procuro em cada canto de mim

por teus restos.

Ser nefasto!

Usurpei o teu mel.

Dilacerei a literatura formal

que a mim foi proferida.

Usurpador de sonhos eu sei que sou.

Como um escritor endiabrado

Vítima do meu maldito algoz

Na embriaguez dos meus pecados

Fico a observar

E novamente tento

A tua poesia inacabada

Terminar.

EDU
Enviado por EDU em 22/07/2009
Código do texto: T1713532