Azulão

Ouço teu canto sereno

Pequeno concerto frugal

Teu cantar dócil e ameno

Alegra, de manhã, o meu quintal

O dia é bem recebido

Na melodia que me chega aqui

Parece um salmo conhecido

Que desde a minha infância eu ouvi

Na sonoridade que de ti provém

Existe o leve tom de uma saudade

Quem sabe deixaste o teu grande bem

Quando perdeste tua liberdade!

Chego a sentir-me culpada

Em reter-te no viveiro

Mas como tu, estou aprisionada

Pois o teu canto é meu cativeiro...

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 15/05/2005
Código do texto: T17131