Das Geometrias & Safáris!
Das Geometrias & Safáris!
Diametral, parasitas afloram na palavra,
Cada contexto enxuga nova lágrima,
Dos retrospectos aos parâmetros,
Difusão para tantas assimetrias,
Verdades fantasmas, mentiras vivas,
Um que de saudade na linha do tempo
Da voracidade de uma paixão que se dilue,
A máquina não entende o verbo pré-julgado,
Perde-se de vista a próxima noite,
Tantas são as desculpas de hora errada,
Vórtices de solidão apregoam toda chegada,
Nada chega para conter tanta volúpia
Encarna tantas implicâncias, tantas esperas,
Mais um dia passado adiante, nada no ágora,
Pelas janelas deflui a fumaça que jaz,
Um semi-tom para a próxima partida,
Da correria que a semana impõe resoluta,
Tudo falta, mas nada supera a ausência,
Tantos beijos partidos sem lastros, sem eira,
Beirada cantada numa réplica tão insossa,
Valha-me a vez que tentamos novamente,
De novo o tempo conspira a bordo,
Tempos de mudanças, novos ritmos, ritos,
A mão caleja a caneta num escrito insubordinado,
Tal aperto que voga no coração vago,
Para afagos distantes, o que dista a manhã,
Inverno passando sombrio & chuvoso,
Cada pedaço separado, longe do alcance,
Faz falta esse sorriso cingido pela tez,
Minha voz tão rouca de chorar em silêncio,
Amanhã ainda espera o corpo tão quente,
Quem sabe para mais alguns momentos,
Onde o prazer se consome largo & farto,
Toma do dia a mão trêmula que se dilacera,
Pois nada é certo, apenas esperanças...
Peixão89
21.07.2009