E nasce a primeira manhã do primeiro dia,
Nasce da aurora que mora na baixa das horas,
Rompendo o limite da postura da vitória,
No indo e vindo dos minutos que ainda se põem dormindo,
Assim nasce o domingo.
Com ares de fadiga e fastígio de lassidão,
Depois da maior força aguda,
Depois de correr lares e bares,
Finalmente nasce a segunda.
Displicente, desabado, quase esquecido,
De início languescido,
Já de olho no horizonte e da leira,
Começa a terça-feira.
Nos meados da semana,
Como uma brisa que desliza,
Passa rápido, customiza,
Sai de início para metade, do ambiente a beira,
Enfim se encerra a quarta-feira.
Quinta que até podia ser quarta,
Dependendo de como se conta,
Vira a cabeça de ponta,
É um dia como qualquer outro,
De qualquer maneira,
Para rematar a semanada,
Começa a quinta-feira!
Ah! Dia cruel!
Todos querem encerrá-lo ainda cedo,
Sem dó, sem piedade, sem medo!
Para se começar a fazer besteira,
Finalmente, chegou à sexta-feira!
Deslizando pela noite agitada,
Chegando ao romper da madrugada,
Elétrico com a vida avençada,
Reservado aos boêmios, bêbados, religiosos e penhorados,
Explode como bomba-relógio o sábado!
Entra dia, sai dia,
Corre prazos, chegam embargos,
Giram mundos, nascem noites, nascem vidas,
Morrem amores e saem dissabores.
Tudo passa; tudo vai; tudo branda,
Giram almanaques, folinhas, semanas.
Ponto a ponto, giro a giro,
Hora a hora, instante a instante,
Correm rios, deságuam em mares,
Chove às vezes e passam-se os meses.
Doze apóstolos, doze marcos,
Doze dúzias, doces horas,
Doze meses, quatro sensações,
Cem furacões sem muitos danos,
Em doze vidas, se completa o ano!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br
Nasce da aurora que mora na baixa das horas,
Rompendo o limite da postura da vitória,
No indo e vindo dos minutos que ainda se põem dormindo,
Assim nasce o domingo.
Com ares de fadiga e fastígio de lassidão,
Depois da maior força aguda,
Depois de correr lares e bares,
Finalmente nasce a segunda.
Displicente, desabado, quase esquecido,
De início languescido,
Já de olho no horizonte e da leira,
Começa a terça-feira.
Nos meados da semana,
Como uma brisa que desliza,
Passa rápido, customiza,
Sai de início para metade, do ambiente a beira,
Enfim se encerra a quarta-feira.
Quinta que até podia ser quarta,
Dependendo de como se conta,
Vira a cabeça de ponta,
É um dia como qualquer outro,
De qualquer maneira,
Para rematar a semanada,
Começa a quinta-feira!
Ah! Dia cruel!
Todos querem encerrá-lo ainda cedo,
Sem dó, sem piedade, sem medo!
Para se começar a fazer besteira,
Finalmente, chegou à sexta-feira!
Deslizando pela noite agitada,
Chegando ao romper da madrugada,
Elétrico com a vida avençada,
Reservado aos boêmios, bêbados, religiosos e penhorados,
Explode como bomba-relógio o sábado!
Entra dia, sai dia,
Corre prazos, chegam embargos,
Giram mundos, nascem noites, nascem vidas,
Morrem amores e saem dissabores.
Tudo passa; tudo vai; tudo branda,
Giram almanaques, folinhas, semanas.
Ponto a ponto, giro a giro,
Hora a hora, instante a instante,
Correm rios, deságuam em mares,
Chove às vezes e passam-se os meses.
Doze apóstolos, doze marcos,
Doze dúzias, doces horas,
Doze meses, quatro sensações,
Cem furacões sem muitos danos,
Em doze vidas, se completa o ano!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
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