Ventre do Poema
Entro no jardim das Imbiribas
ponho meu abadá e berimbau no canto,
e nua no banco
volto a ser menina
me lambuzando toda
esculpindo meu corpo de mulher,
diante da cachoeira que seduz
bandos de pássaros trazem ramos
e no ventre do jardim de um mangue
germino espécies, sementes e rego luz.