Quase nada

"Viu-me, e passou, como um filme..."

Queria um quase nada,

Um mínimo de tudo

Um trecho de um livro,

Um cálice de vinho pela metade,

Uma canção de 30 segundos

No fundo, no fundo, queria dissipar esse desespero

Quem sabe a sua presença ou uma rima que conduza o verso

Mas não a encontro, nunca a encontrarei

Basta resignar-me a insignificância dos seres

E quem sabe um dia deleitar-me em prazeres.

*A Paulo Leminski (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989)

Marciano James
Enviado por Marciano James em 20/07/2009
Reeditado em 25/01/2011
Código do texto: T1709591
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