Onda
Vem!
Eu sou a areia.
Espraia-te em mim…
Lambe-me toda.
Deixa no meu corpo
A humidade do teu fluir
O odor da tua maresia
A tua espuma.
Abraça-me, embora fugazmente
Faz-me estremecer
Antes de partires
De regresso aos teus domínios…
Lá longe, onde moram tuas irmãs
Nómadas intrépidas, tal como tu
Esperando novas sensações em mim.