CRESCENDO
Beija-me o frio da manhã breve,
em tons de róseo nascente
no torpor emerso,
no sabor desperto
a seara que se faz aroma,
a vida que se oferta nova.
Canta-me o riso de pássaros livres
de toadas sobrejacentes
à rotina imersa,
à neblina esparsa
em ecos que sei de agora
e de que não conheço a prova.
E o dia faz-se em crescendo
de luz, e som, e calor
e de silêncios entrecortados
em refúgios de fundo falso...