Amaros sabores de inverno...
Amaros sabores do inverno
Tragados pelo azul, City zen
Ferrugem no parafuso, fechadura
Pingos insistentes correm pelo ralo
Odores nascarados do Jardim
Um passo pela soleira, outra rua
Sacas à vista no armazém
Tênue solidão, o que sobra para mim
Amarelos limpados a papel
Frutas televisivas, acres insones
Música que não paro de ouvir
Alucinada viagem, vesgo batel
Palavras para correr o mar
Lida em afinco para dirrimir
Pedaços perdidos nos consoles
Esses olhos verdes para amar
O que bate é insensato
Navega em busca da Ilha
Apartes para essa solidão
Medidas de modo grato
Recarrega como se fosse pilha
O trinar canoro da paixão.
Um edifício na Ipiranga, depois da São João. Outra vez a vida é assim mesmo. Intranqüila e louca.
Peixão89