Amaros sabores de inverno...

Amaros sabores do inverno

Tragados pelo azul, City zen

Ferrugem no parafuso, fechadura

Pingos insistentes correm pelo ralo

Odores nascarados do Jardim

Um passo pela soleira, outra rua

Sacas à vista no armazém

Tênue solidão, o que sobra para mim

Amarelos limpados a papel

Frutas televisivas, acres insones

Música que não paro de ouvir

Alucinada viagem, vesgo batel

Palavras para correr o mar

Lida em afinco para dirrimir

Pedaços perdidos nos consoles

Esses olhos verdes para amar

O que bate é insensato

Navega em busca da Ilha

Apartes para essa solidão

Medidas de modo grato

Recarrega como se fosse pilha

O trinar canoro da paixão.

Um edifício na Ipiranga, depois da São João. Outra vez a vida é assim mesmo. Intranqüila e louca.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 15/05/2005
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