JANELAS ABERTAS AO VENTO
JANELAS ABERTAS AO VENTO
19/7/2009
Douglas Paiva
Janelas abertas ao vento.
Em plena brisa do mar.
Costas celestes dos raios de sol.
Há nos envolver e nos contemplar.
Nos aquecer nas manhãs de inverno.
Nas mais frias geleiras da costa e das cordilheiras.
Esconde sobre as areias.
Segredos e mistérios.
Doces beijos e recantos.
De um coração há derramar lágrimas.
E suspirar perante sua cara metade.
Nos mais verdes campos obsoletos.
Figuras encarnadas e sobrecarregadas.
De forças e vontades divinas.
Janelas abertas para o vento.
Expostas diante do sol.
Folhas veludas a cair das árvores.
Sorrisos de inocentes criaturas.
A banhar-se no céu azul.
De nuvens de algodão.
Um puro êxtase de desejos e sensação.
Momentos marcantes sobre nossas mãos.
Sobrepostas unidas uma a outra.
Em uma jura solene e sublime.
Traçadas e lançadas a própria sorte.
No vale da sombra da escuridão.
Onde somente a ferida do sangue que escorre da alma.
Pode percorrer e transformar todo um ser.
E sobre as janelas ventos a bater sobre nossos corpos.
Sedentos de amor, da carne do corpo do sangue.
Que rege e interage tão grande dor.
Sobre a vida e mente de seu criador.
Lembranças e retratos falados.
Em relatos e comentários.
Obsoletos do vento, do fogo, da alma, do corpo.
A caminhar e percorrer o coração.
Desmaterializar seu corpo e transfigurar sua alma.
Janelas abertas ao vento.
Janelas abertas e voltadas para o sol.
Nas manhãs de setembro.
Nas areias e sobre o mar.
Vontades e desejos de poder te amar.