LÁGRIMAS DO CORAÇÃO

Lágrimas do coração

Quando meu peito sedento de amor.

Afogo-me nas tristezas e angústia de tão grande dor.

De minhas riquezas lembranças e memórias sutis.

Olhos de vidro, azul celeste diamante.

Como rubi pedra preciosa tão rara doce ofegante.

Olhos de lágrimas a suplicar pela pessoa amada.

Lágrimas do coração.

Que sangra e chora de amor e paixão.

Ao tocar tua face oculta.

Desejos obsoletos a dominar a mente.

Espelho de vidro, laços de aliança.

Sonhos misteriosos e curiosos.

A rondar na escuridão deste céu.

Ao enfeitar-se sobre à noite a lua de prata.

Que se entregou e se vestiu para a pessoa amada.

Ao tocar e penetrar o íntimo de meu humilde coração.

Saudades e desejos advindos da alma.

Está escarnecida ferida a contemplar todo amor e paixão.

Frutos do desejo do corpo e da própria razão.

Em meus punhos a marca do sangue da arte humana.

Exposta na figura de seus pintores e escultores.

Criadas pelo fogo celeste da arte.

De tudo que é simples.

Nela se dá e reparte.

A vida em conto de lágrimas de sofrimento.

De um coração em pedaços.

Buscando em cada canto um traço.

Um pedaço de sua vida, sua alma perdida.

Em meus argumentos atitudes de fatos reais ou imaginários.

A tomar conta da mente e transformar tudo de maneira incoerente.

Retratos e obras de artes em seu semblante a face oculta de meu eu.

Desconsolado e aflito em meus tormentos.

A carne fruto do pecado.

Criado pelas mãos do criador.

De tudo que é divino escrito sobre as estrelas.

E neste chão cinzento da calçada.

Um beijo e um sorriso pela vida.

Este vindo da pessoa amada.

Com que selou e jurou fidelidade e amor.

Permaneço intacto sou obra e fruto de meu pecado.

Em lágrimas de meu sangue.

O silêncio é chave de todo segredo humano

A ser somente amante e escravo da paixão.

(Douglas Paiva)