Ressurgir

Sou poeira jogada ao vento

Sou incógnita distraída,

Sou tudo e nada do que penso

Brindando, vazia, em vida fingida.

Sigo buscando um olhar de reparo

Que conserte tudo que vivi,

Mas tentando absorver algum traço

Passou o tempo e nem percebi.

Entendendo ser luta inglória...

Como estátua, parada fico,

Repensando os tempos de outrora,

Fingindo vitórias que não sei se sinto.

Mas anuncio, a quem de direito,

Minha guerra será sempre infinita

Com armas em punho voltarei

Reclamando mais uma batalha aflita.

Construirei uma vida, só minha,

Mesmo que com a alma ferida

E em solidão me erguerei

Brindando minha vida, mesmo que vida fingida.

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 19/07/2009
Código do texto: T1707828
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