Ressurgir
Sou poeira jogada ao vento
Sou incógnita distraída,
Sou tudo e nada do que penso
Brindando, vazia, em vida fingida.
Sigo buscando um olhar de reparo
Que conserte tudo que vivi,
Mas tentando absorver algum traço
Passou o tempo e nem percebi.
Entendendo ser luta inglória...
Como estátua, parada fico,
Repensando os tempos de outrora,
Fingindo vitórias que não sei se sinto.
Mas anuncio, a quem de direito,
Minha guerra será sempre infinita
Com armas em punho voltarei
Reclamando mais uma batalha aflita.
Construirei uma vida, só minha,
Mesmo que com a alma ferida
E em solidão me erguerei
Brindando minha vida, mesmo que vida fingida.