INCINEREM-ME
Quando eu morrer
Quero que me incinerem!
Quero viver uma vez mais
O calor como o de uma paixão.
Mas antes arranquem
Os meus olhos e doem-nos –
Eles seguirão vendo
Realidades absurdas que nunca supus.
O meu coração também doem-no –
Ele pulsará ainda por amor;
Mulheres que eu nunca pude amar
Sentir-se-ão amadas então
Com um toque que só agora eu saberia.
Doem os meus rins
Para que eles continuem filtrando
O tão inútil do tão vivo.
Depois incinerem-me!
Incinerem-me em um fogo
Vivo e luminoso, pois eu quero
Servir ao Espírito uma última vez.
090.02.84
Quando eu morrer
Quero que me incinerem!
Quero viver uma vez mais
O calor como o de uma paixão.
Mas antes arranquem
Os meus olhos e doem-nos –
Eles seguirão vendo
Realidades absurdas que nunca supus.
O meu coração também doem-no –
Ele pulsará ainda por amor;
Mulheres que eu nunca pude amar
Sentir-se-ão amadas então
Com um toque que só agora eu saberia.
Doem os meus rins
Para que eles continuem filtrando
O tão inútil do tão vivo.
Depois incinerem-me!
Incinerem-me em um fogo
Vivo e luminoso, pois eu quero
Servir ao Espírito uma última vez.
090.02.84