VORAZ SOLIDÃO
 
Essa tua mente raciocina
e consegues seguir a razão
para seu caminhar resoluto.
A minha, até parece de adulto,
mas o coração me domina
e mergulho no mar da ilusão.
 
Ilusão de te ver uma menina,
nos meus sonhos, a florescer;
em flor se tornando mulher.
Sonhos levando a outras esferas,
ludibriando as minhas retinas,
pois, mulher, a muito... já eras.
 
Tu até rias de minhas meiguices
e brincavas com meu sentimento.
Talvez eu fosse mesmo imaturo.
Mas hoje, tu mesma reconheces
que, na vida, em nenhum momento
encontrara um amor tão puro.
 
Mas o tempo, implacável, passou
e hoje tu odeias o meu coração,
sabes que ele ainda é meu senhor
e que outra senhora já lhe dominou.
Meus sonhos já não vêem tua dor
e, muito menos, tua voraz solidão.
 
                 SP – 18/07/09 

   Agradeço a interação da amiga e brilhente
                  poetisa Visla Lennor:

                   Que coisa não? 
              Por que somos assim? 
            Tão entregues na paixão 
        e tão indeferentes da separação? 
        Mas que venham novos e maiores 
                             amores,  
            até que nos causem dores, 
           ou de nós mesmos, pudores. 

                         Visla Lennor 
                         MG - 24/07/09


            
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 18/07/2009
Reeditado em 07/08/2009
Código do texto: T1706639
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