NÃO CONSIGO, AMOR
NÃO CONSIGO, AMOR
Quero dizer-te, amor
Quero explicar-te
A minha inquietação
A minha tristeza
O meu sofrimento
Por não conseguires sair
Desse labirinto
Que te aprisiona
Te castra os sentidos
Te confunde os sentimentos
Te tolhe as emoções.
Vives prisioneira
Dentro de ti
Das tuas angústias
Dos teus medos
Das tuas frustrações.
Não consigo, amor
Não sei como entrar
No teu coração
De uma forma segura
Sem equívocos
Sem ambiguidades.
Não consigo, amor
Fazer-te sentir
A aurora da liberdade
A voz da razão
O caminho da felicidade.
Não consigo, amor
Dar luz à tua escuridão
Dar certezas
Ás tuas duvidas
Serenidade
Ás tuas inquietações.
Não consigo, amor
Não consigo.
Liberta-te dessas amarras
Liberta-te!
Por favor.
Mário Margaride