AS DUAS
Entre quatro pernas
Meus portos se encontram
E navego nas bocas coladas
E nos seios expostos...
E em cada porto me entrego
Deleito-me
De leite
De leito
E rumo aos seus lábios
Amo sem pudor
Sem regras, sem juizos
Ora os lábios dela
Ora os lábios da outra ela
E deleito-me em seus lábios
Seus seios, nossos lençóis
E a noite rompe
Silenciosamente, como o universo de meu peito vazio...
E o sol aparece de surpresa
Como a noite que não vimos passar.