QUIXOTISMO

À Clau, que é Dom Quixote com cor de paixão.

Hoje eu acordei meio Dom Quixote, com direito a pompa e tudo o mais. Ideológica, romântica e absurdamente insana, crio e recrio nesse mundo para assim tentar viver. Levando e sendo levada a maré transporta um tanto de ilusões doces que eu gosto. Faz parte da arte de me ser. Não quero entender nada, quero sentir e sinto. Entender é podar, limitar... Gosto dos afloramentos, gosto de borboletas no estômago e do leve flutuamento divinal que o romantismo me oferece. Gosto do meu coração batendo rápido e devagar ao mesmo tempo e de perder o fôlego com a pressão arterial nas alturas, gosto da injeção de adrenalina chamada paixão. E o fundo musical para isso sempre tem que ser Jazz e Blues, ou uma batida leve com solo de saxofone. Veio na mente a raposa do pequeno príncipe e aquela frase: “O essencial é invisível aos olhos” Que bom. É quixotismo! Hoje estou tão poeta romântico, devo morrer cedo de amor, ou de qualquer doença. Esses turbilhões são cataclisma vulcânico que em potência do monte Vesúvio o sentir me destrói como Pompéia e Herculano, mas sou Fênix e ressurjo das cinzas. E insaciavelmente sinto, sinto, sinto.... Quixotismo demasiadamente e sempre!