PRINCIPIO, MEIO E FIM
Quantas palavras perdidas
Por entre as muitas murmuradas.
Silêncio comprometedor, medo...
Quanto amor ficou por fazer,
Ontem já é passado, inacabado.
Raiva, desejo e outras coisas sem nexo,
A bravura enaltecida pelo olhar cego
De quem não quer amar,
Unidos por ventos tempestuosos.
Herança de morte ou de vida,
Semeiam-se vidas no meu imaginário,
Que sufocam a morte que as consome,
Gritos rebeldes que rompem a escuridão.
Numa intermitente remada contra a maré,
Desenho o largo horizonte com o olhar,
O cheiro do carvão que me sustenta,
Alimenta-me o sonho gasto e egoísta
De poder viver só de mim, só para mim.
Desaparece subitamente o azul do mar,
Confunde-se na fumaça, nessa vida cinzenta...
Sou elo, pedra e outrora,
Sou princípio, meio e fim.
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso
Quantas palavras perdidas
Por entre as muitas murmuradas.
Silêncio comprometedor, medo...
Quanto amor ficou por fazer,
Ontem já é passado, inacabado.
Raiva, desejo e outras coisas sem nexo,
A bravura enaltecida pelo olhar cego
De quem não quer amar,
Unidos por ventos tempestuosos.
Herança de morte ou de vida,
Semeiam-se vidas no meu imaginário,
Que sufocam a morte que as consome,
Gritos rebeldes que rompem a escuridão.
Numa intermitente remada contra a maré,
Desenho o largo horizonte com o olhar,
O cheiro do carvão que me sustenta,
Alimenta-me o sonho gasto e egoísta
De poder viver só de mim, só para mim.
Desaparece subitamente o azul do mar,
Confunde-se na fumaça, nessa vida cinzenta...
Sou elo, pedra e outrora,
Sou princípio, meio e fim.
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso