SOB A ILHA DA INICÊNCIA

Sob o véu translúcido do dia

Esconde-se uma ilha perfumada

Tão lúcida e ricamente adornada

Que fulgura aos olhos, quem a mira.

Instiga o coração sisudo e taciturno

Andador de compasso acelerado

A reduzir seu passo azafamado

Ritmando em som de amor profundo

Quem testemunha branda visagem

Não se assusta, admira a formosura;

Que afasta ao peito qualquer agrura

Que o tempo escravo enrijece

Esta ilha onde o espírito se esconde

Busca ávido, incessantes aventuras,

Esta perdida, mas ressurge entre os instantes,

Ao cerrar os olhos, nas lembranças;

Venha, faça porto nesta ilha bela,

Que é semente na arbórea infância

Finque , mesmo nômade residência

Nesta porção que amamos chamar:

Inocência

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 14/07/2009
Código do texto: T1699688
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.