SOB A ILHA DA INICÊNCIA
Sob o véu translúcido do dia
Esconde-se uma ilha perfumada
Tão lúcida e ricamente adornada
Que fulgura aos olhos, quem a mira.
Instiga o coração sisudo e taciturno
Andador de compasso acelerado
A reduzir seu passo azafamado
Ritmando em som de amor profundo
Quem testemunha branda visagem
Não se assusta, admira a formosura;
Que afasta ao peito qualquer agrura
Que o tempo escravo enrijece
Esta ilha onde o espírito se esconde
Busca ávido, incessantes aventuras,
Esta perdida, mas ressurge entre os instantes,
Ao cerrar os olhos, nas lembranças;
Venha, faça porto nesta ilha bela,
Que é semente na arbórea infância
Finque , mesmo nômade residência
Nesta porção que amamos chamar:
Inocência