Para o Mote: "Me disse o mar...", por Joseph Shafan, em 13/07/09
Vozes de antanho
Cantar de amigo
que vós o julgais.
Pelas praias pelos mundos
por lá longe navegais.
Sobre as ondas altaneiras
terrores muitos vos amedrontais.
Pensais na terra distante
para espantar esse penar
que as saudades vêm trazer
e que vos põe a cismar.
Cantai amigo,
nunca deixeis de cantar.
Tão longe das tuas praias .
Do outro lado do mar,
Há quem sinta o cântico
da tua voz a soluçar.
Misturadas elas estarão
no marulhar desse mar.
E se de vós sina má
esse mar, vos levar
prás profundezas.
Elas ficarão a flutuar.
Cantai amor, cantai a dor,
o escárnio, o maldizer,
mas que vossa voz de pesar,
nunca deixe de cantar.
Lá na torre da vigia,
por sobre as vagas a galgar
o convés a desfazer-se,
a gávea a soçobrar.
Já não há roda de leme
nem capitão a mandar.
Ele se finou,sombras dele
nas vagas, furia desse mar
Há detroços Vozes humanas
que clamam,gritos de agonia
outras estão silenciadas,
Vosso destino é ferrete.
Foi essa crença do ser,
nesse mar que te quer levar.
só porque tu lhe queres dar nome
e estandar-te levantares
da tua terra lusitana
E,por mais gritos que dês ,
por mais contas de rezar,
Nessas gigantescas montanhas
feitas de sal e de medo
esse som tão tenebroso
que a todos faz desvairar
mas o desassombro levantar
Não busqueis outros destinos
esses são os vossos designios
e deles não vos afastais
destemida raça lusitana
que de abismos não temeis.
E essa imagem de brandura
que em vós o coração se deleita
Por ela chora dia e noite .
coração entalhado de granito
das faldas da mater serra
e, esse amor puro não o fraqueja
sabe bem se assegurar.
Guarda-lo no coração
com esse desejo ardente
que as entranhas o consomem.
E vos encheis de ternura
por esse paixão ausente
que vos mantem prezo á terra.
Onde o amor te reclama.
Mas o mar é inclemente
e a luta é insana.
e se pelos areais ficardes,
em terras de fim de mundo
ficam rastos desses vultos
vindos de muitos lugares
genese de muitos povos
cuja bravura é impar
e nele nasce uma flor
uma sombra de cruz de altar
irá por ali infinita pairar
E, assim se Deus lo queira
á vossa terra voltardes
com novas de outros mundos
com o brilho no olhar
por onde vos achegardes
e naufragios padecerdes
onde bem alto ergueste esse pendão de destemor
de tta
09~07~13
Vozes de antanho
Cantar de amigo
que vós o julgais.
Pelas praias pelos mundos
por lá longe navegais.
Sobre as ondas altaneiras
terrores muitos vos amedrontais.
Pensais na terra distante
para espantar esse penar
que as saudades vêm trazer
e que vos põe a cismar.
Cantai amigo,
nunca deixeis de cantar.
Tão longe das tuas praias .
Do outro lado do mar,
Há quem sinta o cântico
da tua voz a soluçar.
Misturadas elas estarão
no marulhar desse mar.
E se de vós sina má
esse mar, vos levar
prás profundezas.
Elas ficarão a flutuar.
Cantai amor, cantai a dor,
o escárnio, o maldizer,
mas que vossa voz de pesar,
nunca deixe de cantar.
Lá na torre da vigia,
por sobre as vagas a galgar
o convés a desfazer-se,
a gávea a soçobrar.
Já não há roda de leme
nem capitão a mandar.
Ele se finou,sombras dele
nas vagas, furia desse mar
Há detroços Vozes humanas
que clamam,gritos de agonia
outras estão silenciadas,
Vosso destino é ferrete.
Foi essa crença do ser,
nesse mar que te quer levar.
só porque tu lhe queres dar nome
e estandar-te levantares
da tua terra lusitana
E,por mais gritos que dês ,
por mais contas de rezar,
Nessas gigantescas montanhas
feitas de sal e de medo
esse som tão tenebroso
que a todos faz desvairar
mas o desassombro levantar
Não busqueis outros destinos
esses são os vossos designios
e deles não vos afastais
destemida raça lusitana
que de abismos não temeis.
E essa imagem de brandura
que em vós o coração se deleita
Por ela chora dia e noite .
coração entalhado de granito
das faldas da mater serra
e, esse amor puro não o fraqueja
sabe bem se assegurar.
Guarda-lo no coração
com esse desejo ardente
que as entranhas o consomem.
E vos encheis de ternura
por esse paixão ausente
que vos mantem prezo á terra.
Onde o amor te reclama.
Mas o mar é inclemente
e a luta é insana.
e se pelos areais ficardes,
em terras de fim de mundo
ficam rastos desses vultos
vindos de muitos lugares
genese de muitos povos
cuja bravura é impar
e nele nasce uma flor
uma sombra de cruz de altar
irá por ali infinita pairar
E, assim se Deus lo queira
á vossa terra voltardes
com novas de outros mundos
com o brilho no olhar
por onde vos achegardes
e naufragios padecerdes
onde bem alto ergueste esse pendão de destemor
de tta
09~07~13