Eu não sou nada.

Descobri agora que não sou nada.

Que minhas palavras são poucas

e que a minha poesia está sem rima

que minha voz está rouca.

Descobri que na minha inquietação

achei que era tanto e só agora percebo

e vejo que era só o desejo

de ser alguém que não seja só decepção.

descobri que não sou nada

nem bela como a brisa

nem forte com um furacão

nem amada, nem desamada!

Descobri que sou nada

e que era só ambição

calar no profundo da minha alma

essa dor de solidão.

descobri que posso ter sido um dia

ou que um dia talvez eu serei!

Não sei se hoje me encontrei

Ou se á partir de hoje eu me esconderei!

Descobri que sou nada

menor que pingo d'agua

menor que grão de areia

Passageira como poeira de estrada!

Descobri que sou nada,

e nada sei!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 13/07/2009
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