Camélias Brancas
Quando eu morrer...
quero camélias brancas...
Entre o sono de ser
cobrirei a alma negra,
pelo rosto das plantas:
camélias alvas, cheirosas...
No leito mortífero e frio
oscilam performances maviosas,
da força de um rio passadio...
Chamar-me-ão a Dama das Camélias
quando eu morrer...
mas, como, se a luz das vitupérias
sacode o meu corpo de entorpecer?
A alma rejubila nívea de prazer,
dádiva honrosa de um farto viver,
pelos anseios sem resposta,
pelas incúrias insanas...
No beijo da Camélia sobreposta
chego aos Céus, em Hossanas!