LENÇÓIS
Tirei um balde de palavras
de um poço do quintal;
um poço raso,
com boa nascente:
as letras brotando da pedra,
límpidas e frescas...
A corda gemia na roldana.
Puxei devagar,
ouvi a canção.
Os versos chegaram
quase prontos, à boca do poço;
rebrilharam ao sol.
Tampei o poço bem tampado,
para deter a evaporação,
evitar que alguém caísse lá dentro
e, após beber daquela fonte,
andasse por aí com varetas radiestésicas,
atrás de veios subterrâneos, de lençóis de poesia.
nilzaazzi.blogspot.com.br
Tirei um balde de palavras
de um poço do quintal;
um poço raso,
com boa nascente:
as letras brotando da pedra,
límpidas e frescas...
A corda gemia na roldana.
Puxei devagar,
ouvi a canção.
Os versos chegaram
quase prontos, à boca do poço;
rebrilharam ao sol.
Tampei o poço bem tampado,
para deter a evaporação,
evitar que alguém caísse lá dentro
e, após beber daquela fonte,
andasse por aí com varetas radiestésicas,
atrás de veios subterrâneos, de lençóis de poesia.
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